Vendendo psicodélico por lebre - TZAL
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criado em:
- 14-10-2023
- 00:29
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- tags: #filosofia #buddhismo #Meditação
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Perguntas e respostas - sumário
O texto aborda uma discussão sobre o objetivo da religião e a transcendência, especialmente em relação às religiões ocidentais e orientais. Alguns dos principais argumentos apresentados são os seguintes:
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O objetivo da religião nas religiões orientais, como o budismo e hinduísmo, é mais voltado para a transcendência, enquanto nas religiões ocidentais o objetivo seria a ligação com um arquétipo.
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A transcendência é concebida como um lugar diferente, um céu, mas mesmo no cristianismo essa ideia não é tratada de forma literal. A transcendência verdadeira não exclui o mundo mundano, pois está além da singularidade e da pluralidade.
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Tanto nas religiões ocidentais quanto nas orientais, existem arquétipos transcendentais e arquétipos mais mundanos, e ambas as religiões utilizam esses arquétipos com objetivos tanto mundanos quanto transcendentes.
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A palavra "religião" não necessariamente vem do termo "religare" que significa "voltar a unir", mas mesmo considerando essa etimologia, a religião envolve o reconhecimento do que não pode ser perdido em nenhum momento, uma integração ou wholeness.
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O desejo por uma alteração, seja por meio de drogas ou outros mecanismos, implica afirmar que estávamos errados ou que o estado anterior é menos desejável que o estado posterior. Isso pode indicar uma falta de equilíbrio entre os dois estados ou alguma confusão.
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A transcendência não pode estar associada à alteração, pois se há um estado em relação a outro, não há verdadeira transcendência. A liberdade verdadeira não está focada apenas na condição humana particular, mas reconhece o absoluto e vai além das particularidades ilusórias.
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Os estados produzidos por drogas ou outros agentes causais estão dentro da causalidade e, portanto, não são transcendentes. A transcendência está além da causalidade e de resultados buscados por práticas espirituais.
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A experiência psicodélica não é necessariamente uma ampliação da percepção, mas muitas vezes uma criação de padrões delusivos. A busca por novas maneiras de ver o mundo não leva à verdadeira liberdade espiritual.
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Mudança espiritual não é algo a ser buscado, pois se o estado completo não estivesse presente desde o princípio, não haveria verdadeira espiritualidade. Buscar processos causais só leva ao sofrimento.
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Explorar situações que surgem naturalmente é válido, mas se ansiamos por novidade, isso é prova de insatisfação. Construir situações com base em insatisfação não levará à verdadeira satisfação.
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Não há nada de especial ou mágico nos estados alterados causados por drogas. Se tentamos encontrar satisfação através de experiências diversas, provavelmente nunca a encontraremos.
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A satisfação verdadeira não depende da transformação da situação atual, mas do reconhecimento da base suficiente de satisfação que está presente desde o princípio.
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ainda:
O texto discute diferentes argumentos relacionados ao uso de drogas, especialmente alucinógenos, e sua relação com a espiritualidade. Aqui estão os principais pontos abordados:
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O uso de drogas como a maconha e a cocaína pode proporcionar experiências sociais ou comportamentais que indivíduos com personalidade esquizóide ou subserviente podem não experimentar de outra forma.
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O autor argumenta que esses benefícios são limitados e não transcendem para o nível espiritual. Os efeitos colaterais físicos e psíquicos das drogas provavelmente superam os benefícios relatados.
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O autor critica a busca por drogas ou livros de autoajuda como meios de obter inteligência ou criatividade, considerando essas abordagens tolas e patéticas.
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O argumento central do texto é que, se estamos constantemente dominados por experiências atraentes, não temos verdadeira liberdade. A atração ou repulsão por algo não está clara, e somos presos por tendências culturais que valorizam coisas estranhas.
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O autor menciona que as drogas de rua são mais arriscadas e recomenda buscar tratamentos regulamentados por parâmetros estabelecidos, por mais rudimentares que sejam.
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O autor questiona por que algumas pessoas escolhem drogas em vez de livros de autoajuda ou outras opções e sugere que a atração por drogas pode estar relacionada à sua atratividade e capacidade de mobilizar energia.
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O texto aborda os perigos e problemas associados ao uso de drogas, como a instabilidade das dosagens, a qualidade duvidosa das substâncias e a reação da sociedade em geral.
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O autor não condena o uso de drogas como diversão, mas enfatiza os perigos reais e virtuais associados a elas.
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O autor argumenta contra a fé cega no uso de drogas como uma forma de alcançar transcendência, enfatizando a importância de um espírito crítico e escolher objetos de fé mais dignos.
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O autor reconhece que outras práticas espirituais, como a meditação, podem ter seus próprios defeitos, como o materialismo espiritual, mas destaca que as drogas psicodélicas são mais propensas a esses problemas.
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O autor critica o livro "The Psychedelic Experience" de Timothy Leary, argumentando que experiências psicodélicas não possuem conteúdo espiritual genuíno e que a simulação de experiências de bardo não é necessária.
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O autor discute a diferença entre a cultura tibetana e as práticas espirituais associadas aos alucinógenos, ressaltando que a verdadeira liberdade não requer a simulação de experiências de bardo.
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O autor destaca que o culto a Dionísio e a busca pelo desregramento dos sentidos também estão presos a parâmetros de ordem e caos, e que a verdadeira liberdade vai além da mera intensidade.