Resumo do retiro - chapada dos guimarães

Resumo do retiro - chapada dos guimarães

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Faça um resumo da história a seguir. Destaque o sentimento geral e ofereça umas dicas para a direção em que o manuscrito pode seguir:

resumo

Resumo:

O protagonista, Walker, está passando por um momento difícil em sua vida. Ele está lidando com várias frustrações, como não conseguir entrar no curso de geografia, uma posição ruim em outro curso, problemas no relacionamento com a esposa e a sensação de acumulação de problemas. Ele decide participar de um retiro de meditação Vipassana, onde conhece Milena, a idealizadora do curso, e Beth, responsável pela cozinha.

No dia zero do retiro, Walker se arruma e começa a se familiarizar com o local e as pessoas. Beth é uma figura autoritária na cozinha, enquanto Milena é magra, inteligente e gentil. A chegada de João e sua trupe traz mais movimento ao retiro. Walker sente uma conexão especial com Graciele e uma certa indiferença em relação a Kath. O dia é dedicado a preparativos e a primeira sessão de meditação em grupo.

No dia seguinte, todos se reúnem para um café da manhã elaborado e têm a oportunidade de se conhecer melhor. A professora Leila, que Walker conheceu anos atrás, conduz o curso. O trabalho na cozinha é intenso, mas Walker se sente útil e harmonioso. Ele mantém contato mínimo com o mundo exterior, mas tira muitas fotos. Mais tarde, mais participantes se juntam ao retiro, incluindo Vinicius, um homem mais velho com conhecimento em drogas e psicodelia.

Walker percebe que é difícil manter o silêncio no retiro, pois as pessoas são barulhentas e falam muito. No entanto, ele descobre que João é uma pessoa mais descontraída do que aparentava inicialmente. Durante o retiro, eles têm uma conversa significativa, e João revela mais sobre sua vida e interesses.

Sentimento geral: O sentimento geral é de uma mistura de frustração e esperança. Walker está passando por dificuldades em sua vida, mas ao participar do retiro, ele busca encontrar alguma paz e clareza. O ambiente do retiro oferece um contraste entre o desejo de silêncio e a realidade de pessoas barulhentas e faladoras. Há uma sensação de busca por conexões e significado pessoal.

Dicas para a direção do manuscrito:

  1. Explore o conflito interno de Walker e como o retiro de meditação pode ajudá-lo a lidar com suas frustrações e encontrar clareza.
  2. Aprofunde a relação de Walker com os outros participantes do retiro, destacando os momentos de conexão e os desafios de convivência.
  3. Desenvolva a personagem de Beth e seu comportamento frenético, explorando como isso afeta Walker e os demais.
  4. Explore a jornada de Walker na prática da meditação e como ela afeta sua perspectiva e seu relacionamento com a esposa.
  5. Crie um arco narrativo para João, revelando mais sobre suas motivações e seu papel no retiro.
  6. Examine os temas de busca de significado, conexões interpessoais e o contraste entre o desejo de silêncio e a realidade barulhenta do retiro.
  7. Considere incluir reflexões sobre a importância da meditação e do autoconhecimento na vida de Walker e como isso

ele parou de escrever fazem alguns dias e desde então

Hoje, dia 27, é um dia pessimista - walker soube que não conseguirá entrar na geografia pelo bacharelado, que no ifmt ele pegou uma posição ruim - que ainda não conseguiu encerrar com o senac e que ainda tem que ver como será com o ECCO; ele ainda não entende nem se perdoa por se masturbar na sua última noite no local do retiro - sexta feira - e de ter arranhado a tela de seu celular novinho. Embora nenhuma tragédia tenha acontecido, as coisas se acumularam de tal maneira que ele não se sente nada confortável - e foi só voltar àa sua rotina que começou novamente a brigar com a fatima, a usar palavrões e ser insuportável - embor esteja meditando novamente, por apenas meia hora. Tudo culminou em uma briga hoje que ele teve com ela e falou coisas muitíssimo pesadas e horríveis. Ele pediu a separação e está com um medo terrível de conseguir; se de fato o casamento acabar, voltar para a faculdade e acabar o mestrado acabam se tornando coisas secundárias. Mas isso é incerto, e não se deve catastrofizar. Esse texto pretende refazer os dias que passaram até hoje, desde o dia do retiro.

dia zero

As coisas aconteceram de forma convoluta e confusa - ao menos confusa para ele. Ele partiu na segunda feira passada (oito dias) para ajudar com um retiro vipassana - o primeiro na região. Foi quando ele conheceu a idealizadora do curso - Milena - e aquela que seria sua mais responsável pela cozinha onde ele iria trabalhar - a Beth.

Esse trajeto de mais ou menos uma hora envolveu eles conversarem um pouco, sobre levezas em sua maioria. Walker se esforça muito para conversar levezas com as pessoas, e para ser um bom ouvinte. Quando chegaram lá eles notaram que as pessoas que iam encontrar eles - tres viajantes de são paulo - não estava lá, embora houvessem chegado já na cidade. Walker ajudou a descer as coisas e levar a mala da Beth, uma mala enorme e pesada, para aquele que seria o quarto dela. Lhe apresentaram o quarto dele e ele começou a se arrumar. Houve um tempo considerável entre o momento de chegada e o trabalho - apesar de a Beth querer muito entrar em ação. A Beth encarna o tipo de mulher que ele viu a vida toda - a mãe, a avó, a chefe. Lembrou-lhe a sua tia neguinha também, mas menos emotiva. De fato, a Beth, quando fala, esta acostumada a ser ouvida e considerada. Ela sabe manter a atenção sobre si e sobre o que quer dizer. Ela dominou, no sentido mais próprio do termo, a cozinha e a coordenação de esforços do retiro de meditação naqueles dias.

A Milena é uma garota provavelmente da idade de walker, muito magra, muito inteligente e de fala assertiva e gentil. Ela trabalha com recursos humanos, mas tem formação em ioga. Ela é vegana e sabe muito de cozinha deste tipo. A Beth e o João elogiaram ela em toda oportunidade que tiveram. Walker achou ela bonitinha, e lembrava a Suellen, uma ex namorada.

João e sua trupe - Katherine e Graciele, chegaram logo em seguida - eles estavam no local antes de todos, mas como não tinham nem comido, nem descansado, passaram na cidade para comer, e quando chegaram mal conseguiram conversar - o Joao especialmente - e logo foram dormir. Walker e Beth tiveram que começar os preparos de comida sozinhos. Mas antes disso a Graciele se aproximou dele, e gentilmente abordou alguns assuntos, e mencionou que estava menstruada. Ela lhe pareceu logo uma pessoa muito especial e cativante.

Enquanto arrumavam as coisas, Walker e Beth, logo as relações hierarquicas começaram a se estabelecer, entre elas, a Beth como instrutora dele. Ele aceitou de bom grado, como aceitaria tudo até o fim do curso. Era a forma dele de se mostrar útil e necessário. Logo Kath apareceria, e ficaria evidente que ela era estrangeira. Conversando eles souberam que ela era do Chile, e que estava no brasil ha um mes. Eles conversaram bastante, ela perguntou como ele aprendeu espanhol e ele ficou lisongeado que alguem achasse que ele soubesse espanhol - e ficou tentando falar espanhol com ela até o último minuto - mas nunca sentiu que houvesse uma conexão muito especial com ela - talvez por falta de comunicação, talvez porque walker fosse um pouco complicado e inserisse muita informação. Era o primeiro dia, no entanto, o dia zero - o pré retiro - e todo mundo estava excitado. A professora só iria chegar tarde da noite, então todo mundo foi fazendo o que dava para fazer; arrumar as almofadas embaixo, por exemmplo, e tentar colocar uns lençois para segregar os espaços. Até meditaram juntos pela primeira vez - e ouviram sons de morcego e de carros passando muito próximos.

dia um

Nessa noite walker ainda não havia conversado com seu colega de quarto e único homem além dele, o João, um senhor de cabeça raspada, com uma penugem grisalha de barba e de cabelo apenas. Ele roncou a noite toda, e preocupou walker seriamente - mas ele decidiu não mencionar até mesmo aguentar até o fim, levando em conta que eram poucos dias de curso. No dia seguinte, com a professora já, em um café da manhã bem elaborado, todo mundo iria se conhecer melhor.

A professora em questão era uma pessoa que ele conheceu em 2011, em seu primeiro curso, quando ele aproveitou sua viagem a niterói com uma turma de filosofia, e foi para o interior conhecer o dhamma santi. Antes de chegar lá - através de uma viagem de trem pelo suburbio, e depois de ônibus até chegar em vassouras, onde achou um cantinho para dormir e uma cidade e um cantinho pelo qual ele se apaixonou. Ele tinha 27 anos e vivia tudo muito intensamente - e à base de muito pó de guaraná. Ele empreendia a viagem completamente sozinho, e tirou algumas fotos dele mesmo que indicam isso. Ele ainda visitaria vassouras mais uma ou duas vezes, mas nunca com o mesmo espírito aventureiro. O curso de meditaçao do rio de janeiro acontece em um local meio isolado - é preciso sair da estrada principal para uma secundária e andar por cinco quilometros - e depois sair dessa e andar mais uns 15 minutos em uma descida vertiginosa. Onde ficava a antiga cozinha - toda feita de madeira, é onde começa a recepção. Ela estava lá, ajudando todos. De alguma forma, naquele dia, ela olhou para ele, para o peito dele, e em um olhar muito arguto, ela espantou algo que estava no peito dele. Ele meio que viu, ou achou que viu, e foi sensacional - embora uma supresa. Ele não necessariamente se sentiu melhor, mas não importava, o que ela tinha feito com o olhar dela tinha sido incrível. Aquele curso seria ministrado pela Leila, e ele voltaria para cuiabá querendo mudar sua vida - e de fato conseguindo. O nome da professora que o recebeu com aquele olhar e que agora, doze anos depois era a professora que ministrava o curso, é Valéria.

o curso começa até o fim da tarde

A professora vai viajar para moçambique, e está vindo do méxico. De cuiabá apenas três pessoas estão envolvidas, e uma delas só aparecerá de tarde. A milena ficará de gerente, o joão aparece muito pouco, e a graciele e a beth se mostram muito ativas competentes. Se walker puder escolher, ele fica do lado da graciele, mas ele é mais útil na cozinha - e a beth não tem pejos em mandar chamar sempre que precisa. O trabalho não é exaustivo, mas é real, importante e necessário. Ele desempenha da melhor forma que pode, e tenta se manter harmonico como possível - ele até mesmo controla sua fala e seus modos. Ele não está iludido nem entusiasmado em excesso, mas ele está feliz de poder participar do vipassana novamente - e comer da comida que eles fazem e ouvir das coisas que eles acreditam. Ele ainda é bem cético, e se tornou mais cético com o passar dos anos, mas ainda aproveita tudo o que pode. Suas meditações são difíceis como ele prevera - ele não vinha meditando regularmente - e isso foi para ele um incentivo a mais - ele queria garantir que iria voltar para casa meditando mais do que quando saíra. Ele ainda está esperando pelo resultado.

O almoço foi sopa, e ele foi responsável pelo croton - basicamente torradas de pão com azeite. Ele ficaria responsável pelas torradas ao longo dos demais dias. Ele estava se dando muito bem com todos, e apenas o Joao que lhe pareceu uma pessoa mau humorada - dado o encontro dos dois quando ele ainda nao tinha descansado - mas essa impressao iria se desfazer. Ele mandou umas fotos para a esposa e cortou comunicações com o mundo exterior - ainda assim tirou muitas fotos, muitas mesmo. Ele ainda iria ler um pouco no celular de um livro interessanre em primeira pessoa de uma mulher que queria escrever em seu caderno e não achava tempo. Alba celeste ou coisa assim - e algo nisso lhe inspirava - a protagonista se chamava Valéria - e ele estava se sentindo honrado de servir mulheres em curso de meditação. Durante o dia soube-se que quatro meditadoras cancelaram de última hora - e isso abriu vaga para que a gra e a kath sentassem. Durante a tarde chegou o terceiro homem, o Vinicius (marcos), e que tinha feito apenas um curso sentado antes desse. Esse homem iria surpreender o Walker pelo seu conhecimento de drogas, lisergia, psicodelia e psiconautica e por ser um cara de quase 50 anos com um fisico razoavelmente superior ao seu.

Na cozinha os homens não cozinhavam: lavavam louça e picavam coisas. A beth soube de um acidente de sua ex-cunhada e entrou em um modo frenético que só piorou com o tempo - algo nela estava firmamente ligado ao mundo externo - seus apegos e suas ligações que fizeram wallker desejar que a Valéria colocasse ela para sentar durante aqueles dias que viriam.

servidores muito agitados, barulhentos e faladores

Uma coisa que Walker notou assim que conheceu as instalações foi que seria bem difícil manter o silêncio. Especialmente ele que tendia a bater portas, gavetas e janelas. Aparentemente os outros não tiveram essa consciência, e conversaram tanto que parecia que não havia retiro algum acontecendo; a milena pouco fez parte disso - geralmente a Beth era quem falava mais, e todo mundo acabava envolvido. O pior era que mesmo quando elas estavam no almoço ou fora das horas de meditação eles se calavam - sussurravam, sim, mas issoa parecia tornar a coisa toda pior. Felizmente o local de meditação foi mudado assim que a valéria chegou, saindo do chão e indo para um piso superior - mas segundo lhe disse a graciele no ultimo dia juntos, todo mundo ouvia o que falavam lá embaixo. O que lhe faz pensar agora que o episodio da conversa no terreo onde os homens se reuniram para conversar até uma da manhã foi muito pior.

conversa definitiva

O João, com o tempo, se revelou como uma pessoa muito diferente do que lhe pareceu no início - ele não era sisudo, mas leve e relaxado. Ele estava aposentado e passava os dias assim, indo de curso para curso aproveitar o ambiente e as pessoas que ali encontrava. Ele fala muito dele quando lhe dão a oportunidade, e aos poucos walker soube que ele anda de bicicleta muito seriamente - que é viciado em aplicar dinheiro na bolsa (a ponto de deixar o celular ligado na cozinha enquanto trabalha, apenas averiguando suas contas), e que mal consegue entender a meditação. Walker achou que ele era um tipo de joker - que falava mal da meditaçao para ver quem era de verdade e quem não era. Mas aparentemente essa era uma limitaçao real dele - e ele disse no dia final, no pós retiro dele, que pela primeira vez tivera um vislumbre do que é o presente momento que tanto falam. Walker iria ter alguns insights nas sessões de meditação, todos importantes - mas um dele era de que ele queria a chance de se aprofundar e meditar mais; ele se decidiria portanto a ir para mais um curso de dez dias, desta vez como meditador.