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Por que odiamos? Ep. 4: Augusto Pinochet

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A História da Ditadura no Chile e Augusto Pinochet

Nos últimos anos, o Chile tem enfrentado uma convulsão social que desencadeou uma série de protestos, incluindo um plebiscito para refazer a Constituição. No entanto, o país ainda lida com os ecos de uma ditadura militar que durou 17 anos, liderada por uma das figuras mais detestáveis ​​já pisadas na terra: Augusto Pinochet.

Contexto político do Chile

A Unidade Popular era uma coalizão política formada por socialistas, comunistas e sindicalistas que elegeu Salvador Allende como presidente do Chile em 1970. O projeto da Unidade Popular era construir o socialismo por meio de eleições e da organização de trabalhadores através da instituição burguesa, conhecido como “via chilena”. A coalizão tinha três prioridades: nacionalizar setores estratégicos da economia, criar um sistema de participação popular na política e estabelecer uma nova ordem institucional chamada Estado popular.

A Ditadura no Chile

No entanto, a vitória de Allende como presidente não foi bem aceita pela elite conservadora do país, que conspirou para derrubar o governo. Em 1973, ocorreu um golpe militar liderado pelo comandante-em-chefe das forças armadas Augusto Pinochet, que instaurou um regime autoritário baseado na violência, repressão, intimidação e perseguição política. A ditadura Pinochet durou 17 anos, período em que a violação dos direitos humanos era comum, incluindo tortura, execuções extrajudiciais e desaparecimentos.

A Economia Chilena Durante a Ditadura

Durante a ditadura, a economia chilena foi alvo de diversas reformas neoliberais, sendo frequentemente citada como exemplo de sucesso do livre mercado, e influenciando a política econômica de outros países da América Latina. A abertura econômica de Pinochet foi assinada pelo economista Milton Friedman, da Universidade de Chicago, cujas ideias influenciaram o governo Reagan nos EUA. No entanto, o sucesso econômico do Chile não foi tão significativo quanto se pensava, e o país ainda herdava uma enorme desigualdade social e política.

Conclusão

A história da ditadura no Chile é um lembrete sombrio do perigo da violência política e uma amostra de como as consequências de tal regime podem ser sentidas ainda hoje. É importante lembrar que o Chile passou por uma transformação democrática apesar dos anos de horror da ditadura. Com a esperança renovada, é possível que países como o Chile possam continuar a lutar pelo respeito aos direitos humanos e pela justiça social.

12:03-23:04

Os Avanços Sociais do Governo da Unidade Popular no Chile

Introdução

O governo da Unidade Popular no Chile liderado por Salvador Allende foi uma tentativa ousada de implementar o socialismo através de uma via democrática pelo sufrágio universal. Durante seu mandato, o governo implantou diversas políticas sociais que beneficiaram diretamente a classe trabalhadora, evidenciando a capacidade de implementação do socialismo através de ações concretas.

O Trabalho Voluntário e a Construção de Habitações Populares

Através de mutirões, os trabalhadores voluntários trabalhavam para construir habitações populares em propriedades abandonadas. As pessoas trabalhavam sem remuneração adicional para melhorar a vida dos chilenos, em vez de trabalhar para enriquecer uma classe burguesa. A iniciativa foi um sucesso inesperado, com a construção de 120 mil novas habitações com muito trabalho voluntário.

Políticas Educacionais

Durante o governo Allende, o ensino público foi expandido e a merenda escolar era oferecida gratuitamente aos estudantes. O leite também era fornecido gratuitamente, o que beneficiou diretamente a classe trabalhadora. Além disso, o governo criou 3 mil novas escolas para mapuches, um povo indígena que compunha cerca de 10% da população chilena. A lei indígena, aprovada pelo governo, estabeleceu medidas para devolução de terras e para expandir a educação para grupos indígenas.

Valorização dos Salários e Congelamento dos Preços dos Insumos Básicos

Durante o governo da Unidade Popular, houve uma política contínua de valorização dos salários, aumentando o poder de compra da classe trabalhadora em 28%. O governo também congelou o preço dos insumos básicos, tornando a alimentação mais acessível.

Reforma Agrária

Com a apropriação de 3.479 propriedades, o governo conseguiu transformar 40% do território agricultável em território de reforma agrária, mais do que o triplo do que já havia sido feito anteriormente. Foi um sucesso em pouco tempo, tanto em termos econômicos quanto sociais.

Início do Golpe e Táticas da Burguesia

No governo Allende, a nacionalização do cobre incomodou a burguesia nacional e internacional que começou a planejar um golpe. A primeira tática usada foi de estocar produtos de necessidades básicas para desabastecer a população, causando pânico e caos. No entanto, o governo criou juntas de abastecimento que eram geridas pela própria população, que fiscalizavam e distribuíam os produtos para que não ocorresse desabastecimento. A organização dos trabalhadores mostrou ser uma eficaz estratégia de resistência contra as táticas da burguesia.

Conclusão

O governo da Unidade Popular no Chile liderado por Salvador Allende foi uma tentativa ousada de implementar o socialismo através de uma via democrática pelo sufrágio universal. As políticas sociais implementadas foram benéficas para a classe trabalhadora e mostram que a implementação do socialismo é possível através de ações concretas. Infelizmente, o governo foi derrubado em 1973 através de um golpe militar liderado por Augusto Pinochet, deixando um legado de perdas econômicas e sociais irreparáveis.

25:32-46:10

A Tentativa de Golpe e Intervenção dos EUA no Chile

Em 1973, o Chile estava enfrentando tempos turbulentos, com eleições conturbadas e acusações de corrupção. A direita estava fazendo campanha pesada para conseguir maioria no legislativo e, assim, abrir o impeachment do presidente Allende. Os EUA estavam intervindo desde antes da eleição, gastando milhões de dólares em propaganda anti-Allende e incentivando o desabastecimento.

Como a tentativa de golpe falhou

Um golpe militar precisa de preparação psicológica antes da população aceitá-lo. A tentativa inicial falhou porque não teve apoio de todas as forças armadas e foi mal planejada. As forças armadas planejaram um golpe por um tempo, mas o governo descobriu e prendeu alguns militares.

Ações violentas da CIA

Para desestabilizar o governo, a CIA financiou grupos paramilitares, como o Pátria e Liberdade, um movimento neonazista que foi pesadamente financiado pelos EUA para fazer atentados terroristas contra o governo da unidade popular.

Desordem para justificar um golpe militar

As ações violentas deram início a um clima de pânico e terror no país. Os atentados terroristas, que causaram mortes e destruição de infraestrutura, eram uma justificativa para uma intervenção militar. A desordem criada era para justificar uma intervenção militar que pegaria a população de surpresa.

Impacto econômico

O impacto econômico das ações foi grande, principalmente porque os EUA conseguiram cooptar parte dos mineradores de cobre a entrar em greve contra o governo de unidade popular. Parar a exportação de cobre foi muito danoso para a economia chilena.

A preparação para o golpe final

O golpe final aconteceu em 11 de setembro de 1973, quando Pinochet liderou as forças armadas para derrubar o governo de Allende. O golpe tinha sido preparado com antecedência, com o apoio dos Estados Unidos e da burguesia chilena.

Consequências do golpe

O golpe provocou mudanças significativas na história chilena, como a morte e desaparecimento de muitas pessoas. Também levou a um período de repressão às liberdades individuais. Além disso, o golpe levou a uma crise econômica e social duradoura.

Portanto, o golpe no Chile foi resultado de uma longa preparação psicológica, desordem criada para justificar o golpe, ações violentas da CIA, intervenção dos Estados Unidos e da burguesia chilena. As consequências foram sérias e duradouras para o país.

48:40-1:06:27

O Golpe de Estado no Chile e o Regime Militar de Pinochet

Introdução:

Em 11 de setembro de 1973, um golpe de Estado liderado pelo general Augusto Pinochet derrubou o presidente socialista Salvador Allende, dando início a um regime militar no Chile que duraria 17 anos. Este artigo se aprofunda sobre o golpe, suas consequências e o regime de Pinochet.

O Golpe de 1973:

No dia 10 de setembro de 1973, a Marinha chilena iniciou um exercício em colaboração com a Marinha dos EUA. No dia seguinte, a Marinha chilena se rebelou e cercou o palácio presidencial, onde Allende estava. O palácio foi bombardeado, Allende resistiu, mas acabou morrendo dentro do palácio. No mesmo dia, uma Junta Militar, liderada por Pinochet, foi instaurada.

Quem era Pinochet:

Augusto José Ramon Pinochet Ugarte nasceu em 1915 em Valparaíso, Chile, filho de um general francês. Ele estudou em excelentes escolas e em 1937 graduou-se na escola militar. Pinochet virou professor de geopolítica na escola superior de guerra e se tornou general de brigada em 1969 e general de divisão em 1971.

As opiniões de Pinochet:

Pinochet era muito discreto e falava pouco. Ele tinha uma visão corporativista da sociedade e acreditava que o papel do exército era proteger a nação do inimigo interno. Ele não tinha nada contra intervenções estrangeiras no Chile e era anticomunista. Foi eleito presidente da junta em 1974.

O Regime de Pinochet:

A junta militar justificou o golpe como uma medida necessária para deter a violação da lei da Constituição e das liberdades chilenas. O Parlamento e todos os partidos políticos foram suspensos, a constituição foi suspensa e o estado de sítio foi decretado, que durou sete anos. A repressão no Chile foi extremamente brutal, com muitos desaparecidos e mortos. Campos de concentração e tortura foram implantados, incluindo a Ilha Dawson, onde cerca de 100 pessoas foram enviadas para o trabalhos forçados na infraestrutura da ilha.

Conclusão:

O regime militar de Pinochet no Chile foi marcado por violações dos direitos humanos e supressão de liberdades. Apesar da versão oficial de que Allende se suicidou, suspeita-se que ele tenha sido assassinado pelo exército dos Estados Unidos e do Chile. O golpe de 1973 marcou o início de uma década de regimes militares em diversas partes do mundo.

1:09:00-1:18:53

A Dura Ditadura Militar no Chile

O Chile vivenciou uma ditadura militar brutal entre os anos de 1973 e 1989, sob o governo do general Augusto Pinochet. Durante esse período, os militares praticaram atos de violência, censura e repressão contra os opositores do regime, culminando em um total de 50.000 mortos, 30.000 desaparecidos e 400.000 presos.

O Regime Militar e a Censura

Os mitos que circundavam a União Soviética na época também afetavam o Chile, como o boato de que o cantor Victor Rara teria ido para a União Soviética para fazer uma cirurgia na voz. Além disso, os jornais de esquerda foram fechados pela ditadura e a mídia burguesa do Chile tornou-se porta-voz do governo.

A editora Que Mató era uma publicação interessante que publicava revistas e livros a preços populares, incluindo literatura de Vanguarda e experimentos artísticos. No entanto, a editora foi fechada e os livros foram queimados em praça pública, um exemplo da violência que a literatura chilena sofreu durante a ditadura.

A Violência do Regime Militar

A Caravana da Morte foi criada em 1973 como um projeto para viajar de norte a sul do Chile e executar inimigos políticos e aliados de Angel. 75 pessoas foram executadas pela Caravana da Morte com veredito do tribunal militar. Além disso, o órgão de espionagem e contra informação do regime militar, Dina, era formado por agentes a paisana que capturavam pessoas e as enviavam para casas de tortura no Chile.

A operação Condor, um projeto de terrorismo de estado financiado pelos Estados Unidos, atingiu Chile, Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Peru. Os arquivos do terror provam que a operação existia e tinha como objetivo eliminar a subversão marxista, resultando em 50.000 mortos, 30.000 desaparecidos e 400.000 presos.

Os Centros de Tortura

A Vila Grimaldi foi um lugar onde cerca de 5.000 pessoas foram vítimas de tortura durante a ditadura. Existiam ainda outras casas de tortura, como a venda sexy, um centro de tortura específico para violência sexual onde as vítimas eram vendadas e nuas. Muitas mulheres engravidaram durante a tortura e os filhos foram vendidos para apoiadores do regime. A Comissão Valec estima que 3.300 mulheres foram violentadas sexualmente e 211 filhos nasceram como parte da tortura, além de 20 abortos registrados.

Conclusão

Os apoiadores do regime do Pinochet frequentemente são criticados por apoiar um regime que promoveu tanta violência e repressão. O uso do emoji de helicóptero fazendo pouco caso das vítimas que sofreram o voo da morte é um exemplo disso. É importante destacar que a ditadura militar chilena foi uma das mais violentas e repressoras da América Latina, com graves violações dos direitos humanos e liberdades civis.

1:21:27-1:31:33

A História Neoliberal do Chile: Ditadura, Violência e Ideais Econômicos

A Violência da Ditadura Militar Chilena

O Chile, assim como muitos países da América Latina, enfrentou uma ditadura militar. A classe trabalhadora, que questionava o capitalismo e buscava melhores condições de vida, foi brutalmente perseguida. Aqueles que resistiam eram torturados, mortos e estuprados. Uma parede gigantesca repleta de fotos das vítimas da ditadura é um testemunho da tragédia do país.

O Ódio da Classe Trabalhadora

Ao confrontar a brutalidade da ditadura militar, muitos sentiram ódio. Negar essa emoção é negar a humanidade da classe trabalhadora. No entanto, o ódio deve ser organizado para alcançar resultados positivos. É necessário que a classe trabalhadora se una para combater a injustiça.

A História Neoliberal do Chile

O Chile foi o primeiro país a experimentar o neoliberalismo no mundo. Foi uma experiência extremamente impopular, implementada em meio a um grande autoritarismo. O neoliberalismo é baseado na libertação do empreendedorismo e das habilidades individuais, assim como na criação de um sistema caracterizado pela forte propriedade privada e pelo livre mercado. O papel do Estado é criar e preservar um sistema institucional adequado. Ele deve garantir a qualidade e a integridade do dinheiro, desenvolver as estruturas legais para o funcionamento adequado dos mercados e preservar sua existência.

As Características do Neoliberalismo

Privatização, cortes de gastos públicos e desregulamentação dos mercados são algumas das características do neoliberalismo. No entanto, sua dimensão ética também é importante. O neoliberalismo prega que a lógica de livre mercado pode ser aplicada fora do mercado, resultando em uma sociedade individualista e atomizada.

A Influência dos Chicago Boys

Os Chicago Boys são estudantes chilenos que estudaram na Universidade de Chicago e voltaram ao Chile para disseminar as ideias do neoliberalismo. Eles foram influenciados pelos Estados Unidos, que financiaram um programa chamado Projeto Chile, oferecendo bolsas aos estudantes chilenos. Durante o governo do presidente iander, eles conseguiram influenciar os Clubes de Empresários do Chile para levar suas ideias ao governo. Após o golpe militar, eles se tornaram conselheiros econômicos do governo militarista, sempre mantendo sua conexão com os Estados Unidos.

A Carta de Milton Friedman para Pinochet

Milton Friedman é um dos maiores teóricos do neoliberalismo e escreveu uma carta ao líder da ditadura militar chilena, Pinochet. Ele orientou Pinochet a reduzir os gastos públicos em 25% em seis meses. A carta e sua conexão com o governo militar continuam sendo uma das controvérsias da história do Chile.

Em resumo, a história do Chile é um exemplo da violência e da injustiça que o neoliberalismo pode trazer. É necessário que a classe trabalhadora se una para combater essa ideologia e criar uma sociedade mais justa e igualitária.

1:34:09-1:44:41

O Modelo Neoliberal no Chile e suas Consequências

O Chile é frequentemente usado como exemplo de sucesso do modelo neoliberal, que é a ideia de que a livre iniciativa e a redução do papel do Estado são a melhor maneira de promover o crescimento econômico. No entanto, a realidade do país conta uma história bem diferente.

O Desemprego e a Queda do Poder de Compra

A adoção do modelo neoliberal no Chile resultou em uma inflação elevada e várias quebras de bancos na década de 80. O modelo também tende a estimular a desindustrialização, como aconteceu no Reino Unido. O capital financeiro começou a entrar com muita força no Chile, com os bancos e bolsas de valores ganhando mais força. Isso resultou em lucro exorbitante às custas da mão de obra dos trabalhadores. O PIB per capita é um péssimo indicador para qualquer economia, pois mostra que os ricos estão ficando mais ricos e a população está perdendo o poder de compra.

Reformas Neoliberais

As reformas neoliberais, introduzidas na década de 80, continuam a afetar o Chile. A educação, por exemplo, foi transferida aos poucos do setor público para o privado. As escolas foram entregues ao setor privado com concessões praticamente infinitas, com o sistema de voucher, onde o Estado distribui vouchers para as pessoas usarem em instituições privadas. Isso resultou em 60% do ensino no Chile sendo privado. A previdência no Chile é um sistema cada um por si, com os trabalhadores tendo que contribuir para uma instituição privada chamada AFP. Desonerar o Estado como responsável pela previdência significa criar um mercado de capitais forçando a retirada de dinheiro dos pobres. A FP é a segunda maior unidade econômica do Chile, ficando atrás apenas do cobre. Além disso, o país é o único do mundo onde quase 100% da água é privatizada de forma permanente, com empresas não pagando impostos pela concessão.

Conclusão

O modelo neoliberal no Chile foi uma catástrofe para a população. O desemprego médio do país durante a ditadura foi o maior de toda a América Latina, o poder de compra caiu em 15%, o peso chileno despencou e o desemprego aumentou. As reformas neoliberais continuam a impactar o Chile até hoje, como uma falta de acesso à educação e previdência para a população mais pobre. É importante lembrar que a ideologia é fazer com que os interesses da classe dominante sejam os interesses da classe dominada. Portanto, o modelo neoliberal pode ter sido ótimo para os ricos, mas foi desastroso para a população em geral.

1:47:24-1:56:50

A Ditadura Chilena: Resistência e Legado

Introdução

A ditadura chilena, liderada pelo general Augusto Pinochet de 1973 a 1990, foi um período obscuro e violento na história do país, marcado por torturas, detenções arbitrárias e desaparecimentos de milhares de pessoas. Após a queda do governo socialista de Salvador Allende, que foi deposto em um golpe apoiado pelos Estados Unidos, muitos chilenos viveram anos de opressão e medo. No entanto, mesmo sob um regime brutal, houve resistência e luta por mudanças.

Resistência dos Intelectuais e Sindicatos

Entre as formas de resistência, a Rede de Intelectuais da Resistência liderou uma série de publicações que denunciavam o governo chileno. As revistas "Araucária de Chile" e "Literatura Chilena" eram as mais conhecidas e publicavam material crítico contra o governo. Além disso, sindicatos, apesar de serem brutalmente perseguidos, continuaram existindo e lutando com manifestações e greves. Os mineradores do cobre fundaram o Comando Nacional de Trabalhadores, que ajudou a liderar muitos protestos de rua.

Movimento de Mulheres e Resistência Armada

O movimento de mulheres também teve uma ingerência importante na luta contra a ditadura. A refundação do movimento pró-emancipação da mulher chilena conseguiu liderar vários protestos e manifestações, mostrando a força e determinação das mulheres chilenas. Por fim, a resistência armada foi liderada pelo Movimento Esquerda Revolucionária (MIR) e o Frente Patriótico Manuel Rodriguez (FPMR), que praticavam a Guerrilha Foquista e foram responsáveis por justiçamentos e até um grande apagão em 83.

Legado e Conclusão

A ditadura chilena deixou marcas profundas na política, economia e sociedade do país. Até hoje, 9% dos chilenos dizem que a ditadura foi boa ou muito boa, mesmo com todas as atrocidades cometidas pelo governo Pinochet. No entanto, a resistência e a luta por mudanças são exemplos de coragem e determinação que continuam inspirando muitas pessoas. Ainda há muito a ser feito para combater a opressão e as desigualdades, mas o legado dos que resistiram continua vivo e forte.