Labatut no FLIP

Labatut no FLIP

criado em:

relacionados:


13:01-30:46

A Arte da Literatura: Uma Exploração da Escrita e da Sociedade

Introdução

A literatura é uma arte complexa e enigmática que vem evoluindo ao longo dos séculos. O trabalho de um escritor envolve mais do que apenas contar uma história. A escrita artística de um livro é uma exploração da escrita e da sociedade. É o reflexo das ideias de um indivíduo que tem o poder imediato, provocador e potente de transformar vidas. Este artigo tem o objetivo de mergulhar no mundo da literatura e explorar as obras de um de seus escritores mais versáteis - Benjamin Labatut.

A vida de Benjamin Labatut

Benjamin Labatut é um escritor holandês-chileno cujas obras foram aclamadas pela crítica em todo o mundo. Nascido em Roterdã em 1980, Labatut viveu em diferentes partes do mundo, incluindo Buenos Aires, Lima e Santiago. Ele é jornalista e escritor formado, cujas obras literárias são uma mistura de diferentes gêneros, incluindo ficção, não ficção, ensaios, contos, documentos, filosofia e ciência.

Obra literária de Labatut

O estilo de escrita de Labatut é único. Ele incorpora fatos para criar ficção que permanece fundamentada na realidade. Suas obras são uma jornada de descobertas à medida que ele desenterra diferentes facetas do conhecimento e das teorias científicas e as entrelaça com a mitologia e a experiência humana para criar uma narrativa convincente que borra a linha entre a imaginação e a verdade.

O primeiro livro de Labatut, "Antarctica Begins Here", foi publicado em 2012, mas só foi lançado quatro anos depois. Ele também publicou "The Quest for Light" em 2016 e "When We Cease to Understand the World" em 2020. Seus livros foram traduzidos para vários idiomas e foram selecionados para o Booker Prize de 2021. Sua escrita foi descrita como difícil de classificar, pois não pode ser colocada em nenhum gênero específico.

Filosofia de Labatut sobre literatura

Labatut acredita que a literatura não deve ser julgada pelo sucesso ou popularidade, mas por sua singularidade e impacto sobre os leitores. Como ele disse certa vez em uma entrevista, "A literatura, como disse Bolano, a primeira condição para uma obra-prima é ser desconhecida, por isso desconfio muito do sucesso. Estou me preparando para meu próximo fracasso." Ele vê a literatura como um chamado religioso associado a um estilo de vida monástico. É uma arte que exige dedicação, comprometimento e paixão.

Conclusão

Em conclusão, a arte da literatura é um poderoso meio de expressão que pode abordar questões sociais e moldar o pensamento humano. Benjamin Labatut é um mestre dessa bela arte; seus livros são uma exploração da escrita e da sociedade. Ele provou que a literatura pode ser versátil e multifacetada, não se limitando a gêneros ou estilos específicos. O trabalho de Labatut é uma inspiração tanto para escritores quanto para leitores, e sua filosofia sobre literatura pode ser adotada por todos que buscam contar suas histórias.


30:51-42:54

A interseção entre ciência e literatura: Uma conversa com um autor chileno

Introdução

Durante esta conversa, um autor chileno compartilhou algumas percepções sobre seu interesse em ciência e literatura, bem como sobre seu processo de escrita. A conversa abordou vários aspectos, desde o fascínio do autor por mistérios até o equilíbrio entre o potencial da ciência para salvar e destruir vidas. Além disso, o autor fala sobre como a literatura e a ciência se cruzam e como a busca pelo conhecimento é semelhante a se apaixonar pelo lado sombrio do mundo. Por fim, o autor lê um parágrafo de seu livro que se relaciona com o tema do festival literário da FLIP deste ano, "Plantas."

Buscando mistérios na ciência

O autor expressou seu interesse pela ciência que escapa à ciência - as partes da ciência que são um mistério para a própria ciência. Ele afirmou que a ciência, em geral, não interessa a ele ou a qualquer outra pessoa. Seu fascínio está nas singularidades, aspectos da ciência que são quase religião ou teologia. Para ele, os mistérios que a ciência descobre são mais importantes do que as verdades que ela mostra. A paixão pelo conhecimento é fundamental para o autor, e ele se identifica com cientistas que estão em busca da verdade, como monges ou místicos.

A obsessão com o mundo

O autor explicou que suas histórias chegam até ele como fantasmas; ele não as procura ativamente, mas as vivencia. Para ele, o processo de pesquisa envolve o desenvolvimento de uma sincronicidade, uma afinidade com um aspecto do mundo. Ele explica ainda que seus livros não são um produto de sua criatividade ou imaginação, mas uma obsessão pelo mundo. Ele descreve isso como se apaixonar pelo lado sombrio do mundo. O processo de escrita do autor envolve a observação do mundo e a surpresa com ele. Seu fascínio pela ciência reside no fato de que, à medida que a luz é lançada sobre o mundo, as sombras que são lançadas são mais longas e mais profundas.

O paradoxo da ciência

Para o autor, a ciência existe em equilíbrio, e tudo está dividido no meio - há uma dualidade da qual não podemos escapar. A ciência é perigosa porque é útil em qualquer aspecto - ela não reconhece limites. Muitas descobertas que têm o potencial de nos matar hoje podem nos salvar amanhã. O autor expressou que nosso paradoxo fundamental e essencial é aceitar essa dualidade com a qual convivemos. É uma corrida constante, e nunca nos sentiremos seguros, mas temos que parar, pensar e tomar decisões morais sobre o que faremos com nossas descobertas.

Plantas e literatura

O livro do autor, When We Cease to Understand the World (Quando deixamos de entender o mundo), foi inspirado no medo de Fritz Haber de que as plantas tomassem conta do planeta. O tema da FLIP deste ano é plantas. O autor leu o último parágrafo de seu livro relacionado ao medo de Fritz, destacando a conexão entre ciência, literatura e plantas.

A conversa foi concluída com a afirmação do autor de que a ciência e a literatura se cruzam e que ambas buscam o conhecimento de maneiras diferentes.


42:57-55:18

The Terrible Green - Entendendo o mundo por meio da ficção

Introdução

No conto "The Terrible Green," o autor explora a ideia de que as plantas poderiam dominar o mundo na ausência de humanos. Essa ideia é apresentada como uma possível consequência da atividade humana que altera o equilíbrio natural do planeta. A história faz parte de uma coleção maior de ficção que tem como objetivo fornecer um sentido do mundo que ele não possui.

O propósito da ficção

O autor acredita que a literatura serve para dar ao mundo um sentido que ele não possui. A ficção tem uma maneira de apresentar verdades de uma forma diferente que permite ao leitor entender o mundo de uma maneira única. Nessa coleção de ficção, cada texto é usado de uma maneira diferente e serve a um propósito diferente. O autor não estabelece uma forma predeterminada para cada texto, mas deixa que ele evolua naturalmente.

Isolamento e delírio

No livro "La Piedra de la Locura," o autor explora o conceito de isolamento e loucura. Os cientistas geralmente se isolam, deixando para trás seu trabalho e suas descobertas, o que pode levá-los ao delírio. Esse delírio não é loucura, mas sim um tipo único de inteligência que está no centro da literatura.

O autor enfatiza a importância de estar sozinho, pois isso permite que as pessoas ouçam a voz que fala no silêncio. A menos que uma pessoa esteja totalmente sozinha, ela não poderá ouvir essa voz interior. O autor acredita que o isolamento é essencial porque oferece uma oportunidade de se desligar das ideias e dos pensamentos dos outros e desenvolver a sensibilidade para o mundo.

Conclusão

A coleção de ficção do autor oferece uma perspectiva única sobre a compreensão do mundo. A ficção tem uma maneira de apresentar verdades que permitem que os leitores vejam o mundo sob uma luz diferente. O isolamento e o delírio são componentes essenciais do processo de escrita do autor. Esses elementos permitem que o autor ouça a voz interior que fala em silêncio e crie uma ficção que dá ao mundo um sentido que ele não possui.


55:22-1:07:42

A perigosa beleza da loucura na literatura

O poder do delírio na escrita

A loucura tem um fascínio perigoso que faz da literatura uma fonte vibrante de inspiração. Não basta escrever palavras mortas, desprovidas daquela centelha que as torna vivas. É preciso haver um elemento de loucura, uma proximidade com a realidade que permita maior profundidade e compreensão. É por isso que a literatura não pode existir sem a loucura.

A necessidade de assumir riscos em todas as formas de arte

Para realmente tocar o espírito da literatura, é preciso estar disposto a correr riscos. Isso se aplica não apenas aos escritores, mas a todas as formas de arte. Não há espaço para jogar pelo seguro ao criar algo que deve ser sentido e experimentado. Mesmo as pessoas comuns são suscetíveis ao delírio e aos perigos do desconhecido.

O material ardente da inconsciência

O poder da literatura está em sua capacidade de aproveitar o material incandescente que surge da inconsciência. Esse material é perigoso e prejudicial, e é necessário um certo nível de bravura para usá-lo corretamente. O poder da literatura é inegável e não há nada que possa substituir sua capacidade de criar novas histórias sobre as ruínas e os escombros que permanecem após o colapso das principais narrativas.

Percebendo a loucura no mundo

O mundo é um lugar de loucura, e é necessário explorar as partes dele que muitas pessoas preferem ignorar. A literatura nos permite fazer isso, ver o mundo de uma perspectiva diferente que lança luz sobre novas possibilidades. Mesmo aqueles que são considerados loucos podem fornecer percepções e perspectivas que podem ser valiosas.

O ciclo interminável do apocalipse

O fim do mundo não é um evento único que acontecerá de repente, mas um ciclo interminável de nascimento e morte. As coisas estão constantemente nascendo e morrendo a cada segundo, e cabe a nós encontrar significado e perspectiva nesse ciclo sem fim. Em vez de temer o fim do mundo, devemos abraçá-lo como uma oportunidade de explorar as profundezas de nossa existência.

Concluindo, a loucura é um elemento essencial na literatura e em todas as formas de arte. Ela dá vida a palavras mortas, cria profundidade e compreensão e nos permite ver o mundo sob uma nova perspectiva. Para realmente apreciar a beleza da literatura, precisamos estar dispostos a correr riscos e explorar os domínios perigosos e desconhecidos de nossa imaginação.

1:07:44-1:20:08

A importância da literatura e o fim do mundo

O fim do mundo e a importância da literatura

De acordo com um orador, o fim do mundo está chegando e o mundo já está um caos. Entretanto, apesar do caos, os seres humanos ainda existem e continuarão a existir mesmo quando o fim do mundo chegar. Por outro lado, o orador argumenta que a literatura não é tão importante quanto as pessoas pensam. O palestrante afirma que os filmes são mais interessantes e importantes do que a literatura, e que seria bom perder um pouco de literatura. Consequentemente, as pessoas deveriam reduzir suas bibliotecas a apenas dez livros. O palestrante admite que alguns autores influenciaram profundamente seu trabalho e que ele não conseguiria fazer o que faz se esses autores não existissem.

A literatura como um objeto sagrado

O palestrante argumenta que a literatura é o último objeto sagrado que os seres humanos têm. Embora os filmes e as músicas tenham seu lugar no mundo, a literatura tem mais complexidade do que qualquer outra arte. O palestrante argumenta que a literatura é o único formato em que os seres humanos podem capturar Deus e, embora a leitura de literatura exija esforço e muito tempo, os seres humanos precisam ler literatura para capturar o coração das coisas.

Chile e Singularidade

O palestrante escreve sobre o Chile como uma metáfora de como as pessoas se sentem e do que está acontecendo no mundo. O orador afirma que o Chile não é um lugar misterioso e é fácil de entender. O Chile representa como os seres humanos de repente não sabem o que vai acontecer e não conseguem entender o que ocorrerá no futuro.

A importância do caos

O orador acredita que o caos é essencial para a literatura e que não ter nada para comemorar é bom para a arte, pois pode ser fértil. O orador relata suas experiências no Chile e como isso o ajudou a escrever e a capturar seus medos e incertezas em relação ao futuro.

Vida misteriosa

Em resposta a uma pergunta, o palestrante diz que não há nada de misterioso em sua vida, e as pessoas podem conhecê-lo conversando com ele e saindo com ele.

Concluindo, enquanto o mundo está lutando para sobreviver, as pessoas precisam ler literatura para compreender plenamente a complexidade da vida. O Chile serve como metáfora para a incerteza e o caos que cercam as pessoas. O caos e o nada podem ser um terreno fértil para o crescimento da arte e da literatura. Embora o palestrante reconheça que alguns autores influenciaram significativamente sua escrita, ele argumenta que as pessoas deveriam ter bibliotecas menores, com apenas alguns livros. Por fim, o orador rejeita a afirmação de que sua vida é misteriosa e incentiva os outros a conhecê-lo conversando com ele.