Formação Política Do Agronegócio

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Escritório privado-parlamentar

Em 2011, várias entidades como a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), CNA, OCB e Unica se aproximaram da iniciativa de modificar o Código Florestal. Posteriormente, a Abag, ABCZ e Citrus BR se inseriram formalmente no bloco privado-parlamentar. O escritório operava como centro das estratégias para modificar o marco legal ambiental, incentivando consensos entre representações, mesmo daquelas que não financiavam substancialmente. A Frente Parlamentar Agropecuária obteve sucessivas vitórias políticas, resultando na alteração do Código Florestal, que reduziu previsões de conservação ambiental e legalizou milhões de hectares desmatados ilegalmente. (Location 4790-4796)

Blairo Maggi e a contestação de terras indígenas

Blairo Maggi, governador de Mato Grosso (2003-2010), foi um ator principal na disputa pela modificação do Código Florestal. Ele utilizou o argumento de segurança alimentar global para defender a paralisação das demarcações de terras indígenas. Maggi também argumentou que as reservas indígenas eram ilhas de pobreza em um mar de riqueza, um discurso comum de contestação às terras indígenas. O território Marãiwatsédé, no nordeste de Mato Grosso, exemplificava esse conflito, com os Xavante sendo impedidos de retornar devido à ação de invasores, muitos deles sojicultores. (Location 4814)