Existencialismo

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Integrar Existencialismo com Cristianismo e Marxismo

Para Jacques Colette, é crucial salvar a busca existencialista através da integração com o cristianismo e o marxismo. Ele sugere uma união das duas metades da posteridade hegeliana: Kierkegaard e Marx. A redescoberta de Hegel nos permite ver nele aspectos que comentadores anteriores não puderam perceber.

Subjetividade em Kierkegaard

Kierkegaard introduz o conceito de existencial na língua dinamarquesa, determinando o pensamento da subjetividade. Diferente de Montaigne, Descartes, Kant ou Hegel, Kierkegaard vê a subjetividade como incapaz de alcançar, pela razão, o pleno domínio de si mesma. Ela esbarra na questão fundamental: "Por que existe algo? Por que não há nada?".

Fenomenologia e Filosofia Existencial

A fenomenologia é reconhecida como uma filosofia existencial, contrária à crença de ser apenas uma fórmula idealista. Merleau-Ponty destaca que a fenomenologia está presente em Hegel, Kierkegaard, Marx, Nietzsche e Freud, e não se limita ao dualismo de essência e existência.

Crítica de Kierkegaard à Filosofia Abstrata

Heidegger cita Kierkegaard ao criticar a filosofia por ser uma abstração que não se relaciona com a ética, o religioso ou o existencial. Kierkegaard argumenta que a filosofia dá a impressão de ser uma especulação desprovida de realidade prática.

Reflexão Filosófica e Existência

A reflexão filosófica deve brotar da existência virtual, que não é um conceito, mas um signo que indica algo além da objetividade. A existência não é objeto nem sujeito, mas a origem da qual provêm o pensamento e a ação.

Movimentos da Reflexão e Consciência Absoluta

A aproximação à consciência absoluta exige três movimentos:

  1. Origem enquanto não-saber, vertigem, angústia, consciência moral.
  2. Plenitude enquanto amor, fé, imaginação.
  3. Salvaguarda na realidade empírica enquanto ironia, jogo, pudor, serenidade.

Situações-Limite e Transcendência

A transcendência na existência virtual é moldada pelas situações-limite (morte, sofrimento, combate, culpabilidade). Essas situações impulsionam a existência a transcender sua situação atual, criando um paradoxo de engajamento no mundo e uma entrega à transcendência. Jaspers descreve essa filosofia como uma experiência do ser no fracasso, recuperando-se como uma filosofia de substância e paz.